Há mais de dois anos que decorrem as “negociações” entre os proprietários das terras perto da Herdade dos Machados, em Moura e a Iberdrola, para a instalação da futura central fotovoltaica, mais conhecida como Cristóvão Colombo, um projecto com 474 megawatts e que vai ocupar quase 900 hectares.
A Planície sabe que as conversações ainda estão longe de estarem concluídas, precisamente porque a empresa ainda não chegou a um acordo formal com os respectivos donos das terras. Por essa razão, o processo segue sem grande pressão.
A concretizar-se o investimento, seria um importante passo no desenvolvimento económico e na criação de emprego para o concelho de Moura e para a região do Baixo Alentejo.
Com capacidade para 730 mil módulos solares, o processo de licenciamento ambiental já avançou da parte da Iberdrola junto da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), deste novo empreendimento fotovoltaico de larga escala.

A Central Fotovoltaica Cristóvão Colombo, destina-se a produzir energia eléctrica a partir de uma fonte renovável e não poluente, o sol, com a finalidade de injectar na rede pública, cerca de 830 gigawatt hora (GWh), o equivalente a 1,7% do consumo de electricidade em Portugal.
O projecto a construir em Moura vai ter uma componente de armazenagem, prevendo 11 baterias, com uma potência de 20 MW e uma capacidade conjunta de armazenamento de 43 megawatt hora (MWh).
Caso avence, a Central Fotovoltaica Cristóvão Colombo, será uma das maiores centrais solares em Portugal, apesar de não alcançar a dimensão do projecto THSiS, uma central fotovoltaica de mais de 1000 MW a instalar em Santiago do Cacém e que está a ser desenvolvida pela Prosolia, em conjunto com a Iberdrola.
A Iberdrola tem vários projectos de energias renováveis em Portugal e caso o investimento se concretize, o concelho de Moura terá um dos maiores, com 474 megawatts e cerca de 900 hectares.