O estudo da Pordata, a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, revelou a propósito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, 17 de outubro, um retrato desta condição em Portugal. O ponto de partida do estudo foi a inflação, o preço dos bens essenciais ou a crise na habitação.
As conclusões são perturbadoras: o preço das casas aumentou 90% em relação a 2015, quando os salários aumentaram apenas 20%, estando Portugal entre os quatro países da União Europeia com maior aumento dos preços das casas. Verificou-se igualmente que 18,5% das crianças e jovens no nosso país, vive em situação de pobreza e que mais de um terço das famílias ganhava, em 2021, no máximo, 833 euros brutos mensais.
O salário mínimo actual de 760 euros, vê na prática o poder de compra baixar para 678 euros e aumentou o número de pessoas sem capacidade financeira para assegurar uma refeição de carne, peixe ou equivalente vegetariano de dois em dois dias (de 2,4% para 3%), entre outros indicadores. O estudo pode ser consultado em PORDATA – Estatísticas, gráficos e indicadores.