“O sequeiro e a água: um debate sobre o futuro dos sistemas extensivos do Sul”, uma conferência que acontece hoje, 17, às 09h30, no Cineteatro Marques Duque, em Mértola. A finalidade é a partilha de ideias perante um cenário de quase 10 anos de seca, em que os sistemas agrícolas, de sequeiro, enfrentam a curto prazo “problemas de viabilidade, podendo comprometer num futuro próximo a sua continuidade”.
É esta a preocupação da organização que integrou a Cooperativa Agrícola do Guadiana e a Associação de Criadores de Porco Alentejano, em conjunto com a Associação Portuguesa de Economia Agrária, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e a Ordem dos Engenheiros.
A sessão de abertura é da responsabilidade do presidente da Câmara, Mário Tomé, e que no seu entender, “é um alerta para a situação que estamos a viver e a diferença que existe na partilha do concelho, onde existe abundância de água e 10 metros depois, já não existe rigorosamente nada. O que é que isto está a criar no território a vários níveis, como agrícola, social e da economia local. É isso que vai ser debatido hoje”.
O presidente da Cooperativa Agrícola do Guadiana, João Madeira, é da opinião que depois de feito “um diagnóstico quase intuitivo” sobre as dificuldades dos sistemas de agricultura do Baixo Alentejo, é altura agora de “passar à fase seguinte e arranjar soluções. Ou se faz qualquer coisa de estrutural num futuro próximo ou muitas das explorações hão de contrair-se ou até mesmo serem descontinuadas”, sublinhou.
Na conferência estão em destaque nomes como a directora Regional do ICNF, Olga Martins, o presidente da EDIA, José Pedro Salema, o presidente da FAABA, Rui Garrido, o presidente da Câmara de Ourique, Marcelo Guerreiro na sessão de encerramento, seguido do presidente da Comissão de Agricultura e Pescas, Pedro do Carmo.
