A Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB) inicia hoje, 16, a campanha de azeitona com uma produção prevista de 35 milhões de quilos, superior à do ano passado que foi de 27 milhões de quilos.
Este volta a ser um ano difícil para os olivicultores, já que 60% do olival da área da cooperativa, é de sequeiro, muito afectado pela seca.
A realidade, segundo o responsável da cooperativa é difícil, isto porque os agricultores continuam a gastar verba para manter esses olivais em produção”. José Duarte ressalvou que sabe que serão compensados “obviamente pelos olivais de regadio, os poucos que temos, mas dentro da cooperativa também será uma campanha fraca”.
As previsões da CAMB eram no sentido contrário, ou seja, de que seria “uma campanha normal ou alta, até porque este era um ano de produção, mas infelizmente devido à seca e ao calor extremo que também se sentiu na altura da floração, o fruto acabou por não vingar”, adiantou o presidente José Duarte.
Associado a estas alterações de clima, “os episódios de geada no mês de fevereiro, afectaram principalmente os olivais mais modernos”, o que prejudicou a produção.
Factores que contribuem para o aumento do preço do azeite, com o mercado sem stocks do produto. “É a lei do mercado a funcionar para regular o consumo e termos azeite ao longo do ano. O preço tinha que subir porque os factores de produção e as taxas de juro aumentaram muito e o azeite tinha que acompanhar esse aumento”, defendeu José Duarte.
A Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos inicia hoje a campanha de azeitona.