Lar de S. Francisco em Moura tem uma lista de espera de 400 idosos

A resposta de instituições como a Santa Casa da Misericórdia de Moura – Lar de São Francisco, é uma das alternativas que preenche as necessidades alimentares, de higiene e de saúde da faixa mais velha da população e que no entender da Provedora, Alice Plácido, “tem um papel primordial no nosso concelho”. “De outra forma, esta grande percentagem da população estaria mais abandonada e com menor qualidade de vida”.

Com as valências de Lar – ERPI – Estrutura Residencial Para Pessoas Idosas, Centro de Dia e Apoio Domiciliário, são 136 os utentes em lar e nas outras duas competências o número vai oscilando.
A Provedora tem a noção de que este feedback “não é suficiente”, porque “as pessoas necessitam cada vez mais destes serviços. A esperança média de vida aumentou e a família não consegue dar resposta, porque hoje em dia toda a dinâmica familiar foi alterada”. “Temos pessoas com demências que apresentam patologias a nível psiquiátrico e outras e que exigem uma intervenção que não nos cabe a nós fazer, mas que acabamos por dar porque não há outras infraestruturas no nosso concelho e a nível nacional, que forneça estes serviços”.

Preferencialmente, a instituição só recebe utentes do concelho de Moura, mas há outras situações “urgentes, encaminhadas pela Segurança Social ou outras pontuais”, que é preciso respeitar.
A lista de espera de cerca de 400 idosos, está “em constante actualização devido a factores naturais como óbitos”, ou outros como “pessoas que ingressam em instituições ou ainda quando são hospitalizadas”.
Deste vasto número, Alice Plácido explicou que não são “para entrar já” e que se inscrevem “por uma questão de precaução”. “As admissões são feitas conforme a urgência e os relatórios sociais das técnicas”, reforçou.

Mas nem todos os idosos têm esta capacidade de decisão e de escolha sobre a ida para o lar. Não tencionam ser um “fardo” para a família, mas não querem desistir da vida. Qual o papel da família na transição do idoso para a instituição? “A família é um factor decisivo e primordial quer na estabilidade do utente e do seu bem-estar, quer na própria adaptação. Cabe à família o apoio emocional e a todos os níveis”, referiu a Provedora do lar de Moura.
Pode ouvir a entrevista hoje na íntegra às 12h00 e às 18h00 na Rádio Planície e em www.planicie.pt

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