Na sequência do encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Hospital de São Paulo, em Serpa, “por períodos diários sucessivos nos últimos dias”, o Município de Serpa enviou, no passado dia 4 de outubro, uma carta ao Ministro da Saúde, à ULSBA, à ARS e à Misericórdia de Serpa, onde “solicita esclarecimentos”, de acordo com informação do site camarário.
A autarquia tem vindo a expressar nos últimos anos, “uma preocupação face à progressiva degradação da prestação de cuidados de saúde no Concelho de Serpa. Com a evolução negativa da situação foram, durante o ano de 2022, estabelecidos contactos com as entidades que tutelam esta área de intervenção, designadamente Ministério da Saúde, Administração Regional de Saúde do Alentejo, Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo e Santa Casa da Misericórdia de Serpa, com o objectivo de analisar, avaliar e contribuir para encontrar soluções, relativamente à prestação dos cuidados de saúde”.
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Além destes contactos institucionais, Serpa “tem manifestado sempre o seu apoio à luta das populações face à degradação da prestação de cuidados no Hospital de S. Paulo, serviços prestados pela Santa Casa da Misericórdia de Serpa desde 2015, através de Acordo de Cooperação relativo à devolução do Hospital de São Paulo em Serpa, à Misericórdia de Serpa, saindo assim esta unidade de saúde, da esfera do Serviço Nacional de Saúde”.
A autarquia enfatizou ainda que “no dia 03 de julho, no âmbito da Iniciativa ‘Saúde Aberta´, o executivo municipal teve oportunidade, mais uma vez, de manifestar as suas preocupações ao Ministro, sobre o Hospital de S. Paulo. O Ministro revelou estar a analisar a situação, com grande preocupação, e a trabalhar para uma eventual reversão do acordo estabelecido”.
Serpa considerou que o recente fecho do serviço de atendimento permanente “transmite à população uma ideia de encerramento anunciado, e manifesta incapacidade da Misericórdia de Serpa em cumprir os compromissos firmados, lesando a população no direito à saúde, um direito essencial constitucionalmente protegido”.