O Movimento em Defesa do Hospital de Serpa, voltou a alertar em comunicado de imprensa para a instabilidade dos horários da urgência da referida unidade de saúde.
“Sempre fechado ou fechado para sempre, as ordens das palavras já não interessam, a porta está quase sempre encerrada”.
É desta forma que o movimento dá conta da informação, onde refere que “depois de dias fechada, a urgência do NOSSO HOSPITAL abriu um dia e fechou logo no seguinte. As luzes apagadas, a porta fechada e a ausência de qualquer aviso fazem prever o pior, o fecho definitivo. Diz o ditado com: Com papas e bolos se engam os tolos, mas os que aqui vivemos não nos deixamos enganar pelos contos do Governo. Estamos quase há um ano sem urgência de forma quase permanente, onde até já morreram pessoas à porta sem assistência”.
Movimento em Defesa do Hospital de Serpa exige “urgência aberta 24 horas por dia”
Sobre o bloco operatório, mencionam que está construído, mas continua a funcionar só na imaginação de quem manda. “Estamos no acto final de uma tragédia longa com um triste final. O Governo decidiu abandonar-nos à nossa sorte com vias de comunicação miseráveis em péssimas condições, permitindo a degradação do hospital e assobiando para o ar. Os diferentes Governos não gostam do Alentejo nem das suas gentes, só assim se explica a forma como nos tratam”.
“Depois de um ano e, na recta final da concessão do hospital, o Governo sempre ignorou os incumprimentos do acordo, preferindo que as populações fossem privadas de cuidados de saúde a resolver o problema revertendo a gestão para o Serviço Nacional de Saúde”, previnem.
Esta chamada de atenção pelo grupo, vem no sentido de exigir que a unidade de saúde passe para domínio do Estado. “Queremos o nosso Hospital do Serviço Nacional de Saúde. Exigimos a urgência aberta em pleno as 24 horas. Tal como os vendedores da banha cobra dizem-nos que não há médicos, não se pode ter um hospital em cada aldeia, mas não querem pagar o justo aos médicos, enfermeiros, técnicos. Deixam os equipamentos chegar a situações de rutura. Tudo baseado numa lógica onde não mandam as necessidades das pessoas, mas predominam as imposições orçamentais”.
É desta forma que o Movimento em Defesa do Hospital de Serpa adverte para a instabilidade do serviço de urgência local.