A informação estatística do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), registou na base de dados nacional de incêndios rurais entre 01 de Janeiro e 15 de Julho deste ano, um total de 4.465 incêndios rurais. Resultaram 9.768 hectares (ha) de área ardida entre povoamentos 3230 ha, matos 6018 ha e agricultura 520 ha.
O relatório compara os valores de 2023 com o histórico dos 10 anos anteriores e regista menos 22% de incêndios rurais e menos 55% de área ardida relativamente à média anual.
2023 apresenta até ao dia 15 de Julho deste ano, o 4º valor mais reduzido em número de incêndios e o 5º valor mais reduzido de área ardida desde 2013.
No que diz respeito à dimensão dos incêndios, o documento revela que este ano, os incêndios com área ardida inferior a 1 hectare, são os mais frequentes com 81% do total de incêndios rurais. Já nos incêndios de maior dimensão, assinala-se a ocorrência de 12 incêndios com área ardida entre 100 e 1000 hectares.
O relatório destaca que são considerados grandes incêndios, sempre que a área ardida seja igual ou superior a 100 hectares. Até 15 de Julho foram registados 12 incêndios nesta categoria, com 2.284 hectares de área ardida, correspondendo a 23% do total da área ardida.
Apesar destes números, com a subida das temperaturas durante a próxima semana, o Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, alertou para as “semanas difíceis que se avizinham” e para os comportamentos dos cidadãos. “Que evitem o uso de fogo, de máquinas agrícolas ou florestais em dias de muito calor”, sublinhou. Este vai continuar a ser um “verão com picos” e “muito difícil que se vai prolongar até fim de Setembro ou até Outubro”, advertiu José Luís Carneiro sobre os incêndios rurais.