As exportações portuguesas de cortiça alcançaram um marco histórico no primeiro semestre de 2023, com um total de 670,435 milhões de euros (+3,2%), atingindo desta forma o melhor desempenho de sempre em termos de valor, revelou a Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR).
Segundo os dados reportados até ao mês de Junho, as exportações aumentaram 3,2% em valor em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este crescimento é ainda mais significativo considerando que as quantidades exportadas diminuíram cerca de 15%, o que revela que o crescimento resulta do valor acrescentado dos produtos exportados.
O Secretário-Geral da APCOR, João Rui Ferreira, referiu em entrevista que o sector conseguiu, “num momento difícil em termos de procura, crescer em valor resultado de uma combinação de factores, desde logo por via de um mix de produtos de maior valor acrescentado, mas também, de todo o trabalho que o sector tem feito em prol do incremento da performance técnica dos seus produtos e da promoção internacional da cortiça”, explicou.
A adaptação às tendências globais e às necessidades do mercado também têm sido fatores cruciais para o sucesso e resiliência do sector, que, perante uma conjuntura internacional económica menos favorável de abrandamento da procura, consegue manter um desempenho económico de crescimento. “Apesar do crescimento, temos vindo a registar uma tendência de abrandamento ao longo do ano e os dados da conjuntura internacional não nos fazem antever uma alteração deste abrandamento no segundo semestre”, acautelou João Rui Ferreira.
Recorde-se que Portugal é o primeiro produtor, transformador e exportador mundial de cortiça, responsável por mais de metade da produção total. Segue-se Espanha, Argélia, Marrocos, Tunísia, França e Itália.