As recentes greves e manifestações da FNAM – Federação Nacional dos Médicos devido a exigências não cumpridas por parte do Serviço Nacional de Saúde, levaram a federação a enviar uma Carta Aberta a Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e um pedido de Audiência. Entendem que chegou a hora de se definirem “conclusões capazes de fazer avançar um programa de emergência para salvar a carreira médica e o futuro do Serviço Nacional de Saúde”.
Neste processo negocial, a FNAM sugeriu um mediador independente, “capaz de sintetizar e acelerar um plano de emergência, que desbloqueie e ultrapasse o impasse a que se chegou ao fim de 15 meses de negociações com o Ministério da Saúde”.
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Na Carta Aberta e no pedido de Audiência, pedem que Marcelo Rebelo de Sousa reforce “ao lado dos médicos, ao nosso lado, essa sugestão (mediador) ao Primeiro-Ministro”.
No documento, os médicos reiteram o que têm vindo a exigir. “Um aumento salarial digno, transversal, para todos os médicos e que compense a perda do poder de compra da última década e a inflação, que coloque o horário semanal nas 35 horas, que reponha as 12 horas semanais do horário normal em serviço de urgência, que recupere o regime de dedicação exclusiva, opcional e devidamente majorado e que incluía o internato médico no 1º grau da carreira médica, custam bem menos ao Estado do que o preço que a ser cobrado caso não estejamos à altura de recuperar o Serviço Nacional de Saúde”.
Aproveitam o momento para aumentar a consciência colectiva da sociedade “sobre a situação dramática que se vive actualmente em praticamente todas as unidades do SNS”.
A Federação Nacional dos Médicos enviou uma Carta Aberta ao Presidente da República e solicita uma Audiência para que seja desbloqueada a situação entre estes profissionais e o Ministério da Saúde.