Os presidentes das Juntas de Freguesia de Póvoa de São Miguel, António Montezo e de Amareleja, Alfredo Guerra, uniram-se na exigência da construção do Bloco de Rega Moura/Póvoa/Amareleja.
Através de um comunicado de imprensa enviado à Planície, mostram os factos com uma cronologia de garantias da EDIA e da Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes sobre o avanço da obra, que até à data não se concretizou.
Referem que no dia 08 de Setembro de 2018, o ex-Ministro da Agricultura, Capoulas Santos, “por ocasião da tradicional Feira de Setembro/Moura fez a apresentação pública do denominado Bloco de Rega Moura/Póvoa/Amareleja”.
Na data de 29 de Dezembro de 2021, informam que o presidente da EDIA, José Pedro Salema, “anuncia que os blocos de rega vão avançar, sendo que o aviso de obras virá no dia 10/1/2022. Contudo, o Bloco Moura/Póvoa/Amareleja vai sofrer alguns cortes, já que estavam previstos 10.000 hectares e passarão a ser de ca. de 8.000 ha. O motivo prende-se com subida muito dramática do custo das obras”.
Poucos dias depois, a 19 de Janeiro de 2022, “tanto os responsáveis políticos do PS, como da concelhia da CDU lamentam a redução do projecto e exigem que o compromisso se concretize em pleno e não seja adiado para um futuro incerto”.
Os meses passaram e a 03 de Maio desse mesmo ano, a garantia de Maria do Céu Antunes sobre o Plano Nacional de Regadio foi a de que o Bloco Moura/Póvoa/Amareleja seguiria em frente. “É um compromisso e palavra dada é palavra honrada”.
Quase no final de Maio, mais precisamente no dia 29, o assunto do bloco voltaria a ser falado, desta vez pelo presidente da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, José Duarte que “mostrou a inquietação relativamente à separação do Bloco de Moura, cerca de 2.500 ha. que avança em 1ª fase. Sendo que o Bloco Póvoa/Amareleja, cerca de 7.500 ha, avançará em 2ª fase, prevista para 2025 e com conclusão para 2027”.
O facto de o assunto não ter avançado, levou António Montezo e Alfredo Guerra, “a manifestar publicamente o desencanto quanto à execução do Bloco de Rega, tal como anunciado em 2018. As populações em geral e os agricultores em particular têm assistido a delongas no arranque do projecto e agora recentemente à redução da área a beneficiar, bem como à sua separação”.
E, apesar do anúncio da chamada 2ª fase prevista para arrancar em 2025, “as duas freguesias encaram com muito cepticismo o cumprimento das metas propostas”.
Com a certeza da importância deste investimento, afirmam “total disponibilidade para toda a colaboração necessária à prossecução do projecto e apelamos aos responsáveis da EDIA, SA, da CCDR-A e ao Ministério da Agricultura que a reboque de qualquer contratempo conjuntural nacional ou internacional não seja honrada a palavra já manifestamente dada e não se exclua do regadio aqueles que mais próximos estão da mãe-água do Alqueva”.
As Juntas de Freguesia de Póvoa de São Miguel e Amareleja, no concelho de Moura, chamam a atenção de várias entidades para que o Bloco de Rega Moura/Póvoa/Amareleja passe do papel.