Já é conhecida a posição do Bloco de Esquerda (BE) sobre o Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo, no âmbito da consulta pública que está a decorrer.
Em síntese, considerou que este Plano “chega tarde” e “não faz as escolhas necessárias” para a região enfrentar a seca.
Questionado sobre o assunto, Alberto Marques, da distrital de Beja do BE, explicou que o Alentejo já tinha esses problemas e essa seca, particularmente dura no sul do distrito”. Assim, o documento “não toca nos problemas essenciais de quem consome mais água e que é de longe a agricultura intensiva e super intensiva, com os olivais e amendoais no interior do Alentejo e as estufas no litoral, concretamente na zona de Odemira”.
O bloquista entende que “resta muito pouco para a pequena agricultura e seria inadmissível que o abastecimento público estivesse em causa”.
O Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo tem cerca de 70 medidas para reforçar e minimizar os impactos da seca no território, num investimento global de cerca de 1.000 milhões de euros. Foi aprovado em Junho, no Conselho de Ministros realizado em Évora.
Com este plano, o Governo estima reduzir os consumos de água, mas áreas urbanas e turísticas em cerca de 10%, o que corresponde a cerca de 17 hectómetros cúbicos, bem como nos aproveitamentos hidroagrícolas colectivos, a rondar os 12%, cerca de 29 hectómetros cúbicos.