Depois das palavras do deputado do PCP eleito por Beja durante a entrevista à Planície, em que referiu que a Ministra da Agricultura, Maria do Céu, “vai avançar com os 2.500 hectares” numa primeira fase com o Bloco de Rega de Moura, João Dias alertou para os restantes 7.500 em falta na Póvoa/Amareleja, visto que o bloco na sua totalidade abrangeria cerca de 10.000 hectares.
A Planície ouviu os principais protagonistas na construção do Bloco de Rega Moura/Póvoa/Amareleja: o presidente da EDIA, José Pedro Salema, o deputado Pedro do Carmo, o presidente da autarquia de Moura, Álvaro Azedo e o representante dos agricultores do concelho de Moura, José Duarte.
Hoje, apresentamos-lhe a posição da EDIA e do deputado do PS, Pedro do Carmo.
O presidente da empresa que gere o Alqueva, José Pedro Salema, posicionou o projecto no que diz respeito a datas e confirmou que a empresa “está a trabalhar para ter até ao final de 2025, uma área em torno de Moura equipada e servida a partir do circuito hidráulico de Caliços- Machados”. A outra parte de “Póvoa de São Miguel/Amareleja, servida a partir de uma futura captação na albufeira de Alqueva, até ao final de 2027, numa segunda fase”.
O plano é a construção integral da infraestrutura, obra que já deveria ter avançado, neste caso, com o aproveitamento do recurso da Barragem de Caliços, construído em 2016. Sobre esta questão, Salema contrapôs que o projecto “está pensado há muito tempo”, mas que, entretanto, surgiram “algumas restrições”. Entre elas, “um projecto de emparcelamento que não se concretizou nos Coutos de Moura”. A par deste, as limitações de “impacto ambiental” e as “financeiras”. O engenheiro agrónomo justificou o “aumento da construção civil” no adiar do investimento”, mas que agora parece prosseguir, pelo menos, esta é a garantia da Ministra da Agricultura.