O Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português, antecipou as medidas que estão a ter grande impacto nas actividades agrícolas e pecuárias com a seca, e recomenda ao Governo, que sejam tomadas decisões urgentes de apoio à situação, sobretudo no Baixo Alentejo onde os efeitos são desastrosos.
O deputado que representa o distrito de Beja pelo PCP, João Dias, declarou à Planície, quais as prioridades que devem ser definidas, encaradas como “imediatas”. “Desde logo, que declare a situação de seca para se poder avançar com medidas de ajuda à crise, tal como fez Espanha”.
A “preocupação é muito grande”, tendo em conta que “os produtores pecuários estão muito condicionados na alimentação animal, porque não têm pastagens. Muitos deles já se estão a desfazer de milhares de animais”.
O Grupo Parlamentar sugeriu que se crie um apoio extraordinário dedicado à aquisição de alimentação animal, quer no que respeita à pecuária, quer no que se refere à apicultura, “para assegurar a disponibilidade de alimento necessária para a manutenção dos efetivos, salvaguardando a continuidade das explorações”.
A acrescentar a estas medidas e como um dos pontos chave das recomendações, está a gestão da utilização da água para fins agrícolas, “nos diversos aproveitamentos hidroagrícolas, de modo a salvaguardar o acesso à água pelos pequenos e médios agricultores e agricultores familiares, considerando a precedência destes, face a utilizações da água para rega de culturas em regime superintensivo”.
Como conclusão, João Dias avisa que as medidas para a seca deveriam ter sido antecipadas no caso de existir “um Governo proactivo e que não ficasse a ver o que isto dá”.
O PCP antecipou as medidas que considerou urgentes para combater a seca no Baixo Alentejo.