Ao que parece, a situação não é de agora e decorre há vários anos, desde 2013, de acordo com o jornal Público. Apesar do Aeroporto de Beja receber poucos voos mensais e, consequentemente poucas chegadas e partidas de passageiros, o posto aduaneiro mantém-se a funcionar, mas sem pessoal permanente.
Esta questão além de pôr em risco o “controlo da fronteira externa de Portugal e da União Europeia”, segundo o Observador, significa que nem todos os voos são alvo de verificação alfandegária, principalmente os dos jatos privados.
Só recentemente é que a Autoridade Tributária (AT) lançou um concurso interno para recrutar trabalhadores para Beja, que pertence à jurisdição da Alfândega de Faro, isto depois do Ministério das Finanças ter recebido as questões do jornal Público sobre o assunto.
A publicação lembra que a falta de fiscalização no aeroporto da capital de distrito, é semelhante à que se passava no aeródromo de Tires até 2021. Passou a ser controlada pela AT, depois de acontecer uma situação mediática de um jato privado que transportava 500 quilos de cocaína apreendido no Aeroporto Internacional de Salvador, no Brasil e que tinha como destino Tires.
O concurso para reforçar o controlo alfandegário do Aeroporto de Beja abriu há dias pela Autoridade Tributária.