A Resialentejo, empresa Intermunicipal de Valorização de Resíduos, através do projecto POSEUR, conseguiu recolher mais de 620 toneladas de recicláveis, entre 2019 e 2022, o que representa um aumento médio de 77% nos concelhos de Barrancos, Beja, Mértola, Moura, Ourique e Serpa. No Município de Moura, a recolha passou de 40 toneladas de recicláveis anuais, para cerca de 300 em 2022.
A candidatura permitiu a implementação do sistema PAYT, associado à recolha porta-a-porta, com um aumento significativo na recolha selectiva nos seis concelhos aderentes. No total, tratou-se de um investimento de 383.746,50€, com uma comparticipação do Fundo de Coesão de 326.184,53€.
No caso de Moura, foi possível adquirir um sistema de controlo para a ilha ecológica da cidade, instalada na Praça Sacadura Cabral, o primeiro município do Baixo Alentejo a ter este projecto, que funciona através de um cartão magnético cedido a cerca de 100 munícipes da zona, destinado sobretudo ao canal Horeca (hotelaria e restauração).
O director da Resialentejo, Pedro Sobral, explicou à Planície como funciona esta tecnologia inovadora. “A ilha ecológica tem um botão de acesso condicionado”, permitindo ao munícipe que “aceda com o cartão magnético e coloque os seus resíduos”, até 30 litros. “Este é um investimento complementar na zona do porta-a-porta e do PAYT”.
Os cartões vão possibilitar um registo importante, para se ter conhecimento do que “cada pessoa produz”.
Quem usa o sistema não tem de “pagar pelo cartão”, assegurou Pedro Sobral, realçando que o utente irá pagar “o referente a um saco, ou seja, cada vez que colocar um resíduo indiferenciado, paga o equivalente a um saco”.
Outra das vantagens destas ilhas, é o facto de serem mais higiénicas, uma vez que impede a libertação de odores. São também mais funcionais porque permitem que a recolha dos resíduos urbanos selectivos e indiferenciados, seja feita de forma cómoda e segura.
O plano incluiu, ainda, a aquisição de quatro viaturas para a recolha selectiva Porta-a-Porta e PAYT (uma por cada um dos seguintes municípios: Barrancos, Beja, Moura e Ourique), de 4551 contentores de 40 litros para deposição de vidro e a automatização do Ecocentro de Beja, um posto autónomo de acesso e de pesagem.
O Município de Moura foi um dos que mais reciclou no Baixo Alentejo, o que permitiu a implementação do sistema de controlo para a ilha ecológica, por parte da Resialentejo.