Concelho de Moura assinala o mês dos Maus-Tratos na Infância

Todos os anos, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Moura assinala o mês de Abril com várias acções dedicadas à Prevenção dos Maus-Tratos na Infância, aderindo ao apelo da Comissão Nacional. A campanha de 2023 com o slogan “Serei o que me deres…que seja AMOR!”, dedica-se a esta temática e volta mais uma vez, a organizar o Mega Laço Humano no dia 28 deste mês, no campo de futebol do Moura Atlético Clube, pelas 10h30.

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A presidente da CPCJ de Moura, Sónia Barradas, declarou à Planície como vão decorrer estas actividades. “Vamos juntar a população infantojuvenil constituída pelas creches de Moura, pelos alunos do pré-escolar, do 1º ciclo e todos os que se queiram juntar a nós”.
O Mega Laço Humano também vai passar pelas freguesias de Amareleja na manhã do dia 24 de Abril e à tarde na Póvoa de São Miguel. Dia 26 será a vez de Santo Aleixo da Restauração da parte da manhã e da parte da tarde, em Safara, também com a comunidade escolar.
“Além destas actividades, a CPCJ solicita sempre a colaboração dos educadores e dos professores para que em conjunto com os alunos do pré-escolar e 1º ciclo, realizem laços azuis”, referiu a presidente da comissão. Também a Ludoteca de Moura vai participar na iniciativa com a ajuda das crianças que recorreram ao apoio da instituição na pausa lectiva da Páscoa.

O gesto simbólico é de grande significado e por essa razão, a comissão faz um apelo à comunidade do concelho de Moura e às entidades para que “coloquem nas suas janelas e fachadas dos edifícios um laço azul”, uma mensagem que vai estar expressa na autarquia mourense. “A nossa comunidade pretende ser protectora e prevenir os maus tratos na infância”, realçou Sónia Barradas.
Para situar historicamente o significado do laço azul, a sua origem remonta ao ano de 1982 nos Estados Unidos da América, quando uma avó norte-americana amarrou uma fita azul à antena do carro em homenagem ao seu neto, vítima mortal de maus tratos da parte da mãe e do companheiro desta. Com grande repercussão, é assinalada em vários países e o tom azul caracteriza as lesões deixadas nos corpos das vítimas.

Com a verdadeira importância e atenção que este tema merece, as notícias não são positivas para o concelho de Moura. Sónia Barradas explicou porquê: “Nos últimos tempos, verifica-se um aumento de situações por violência doméstica em que as crianças e jovens estão expostos a conflitos entre os progenitores. Essas sinalizações chegam por parte das Forças de Segurança (GNR e PSP)”.

Não são só este tipo de agressões que cresceram por aqui. “A violência entre os jovens uns para com os outros e em determinados espaços físicos que frequentam, também aumentaram”. Neste caso, as sinalizações chegam à comissão através das autoridades e das escolas. “É um dado preocupante, por isso é importante fazer acções junto das famílias e dos jovens para que este índice seja atenuado”, alertou a presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Moura.

Abril assinala a Prevenção dos Maus-Tratos na Infância com actos de sensibilização no concelho, também estes necessários e urgentes nos cuidados sobre a violência doméstica e entre os jovens.

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