A Direcção Regional do Alentejo do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), teve conhecimento do não pagamento do vencimento do mês de Março no prazo legal, na Santa Casa da Misericórdia de Serpa. Também continua por pagar aos trabalhadores o subsídio de Natal de 2022.
Edgar Santos, da delegação de Beja, informou a Planície que, entretanto, não se trata apenas do ordenado de Março, “o atraso tem acontecido todos os meses”, já que os restantes ordenados “foram pagos três ou cinco dias depois” do final do mês e a prestação complementar (subsídio), “devia ter sido paga em Dezembro e, volvidos três meses, ainda não se vislumbra a data de pagamento da mesma”.
O enfermeiro do sindicato considerou que desta vez, a “situação é mais grave, porque a Provedora (Isabel Estevens), em reunião com os trabalhadores, disse não saber quando vai pagar, o que quer dizer que a perspectiva é de agravamento”.
O SEP, já enviou um pedido de esclarecimento com carácter “urgente” à Santa Casa, e mais uma vez deu conhecimento à Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARS), ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e ao Ministério da Saúde, entidades que têm um acordo com a entidade.
Para além destas medidas, vai também “reunir com os trabalhadores” e em conjunto com os advogados, está a equacionar colocar “processos judiciais contra a mesa administrativa (Santa Casa), porque não faz sentido o arrastar desta situação”.
“É inadmissível pois os trabalhadores cumprem com as suas obrigações laborais e têm direito a receber o vencimento dentro do prazo legal”.
O sindicato fez mais um apelo, onde afirmou que a “Administração Regional de Saúde do Alentejo, o Ministério do Trabalho e o próprio Ministério da Saúde não podem ignorar o que se está a passar na Santa Casa da Misericórdia de Serpa” e pede para que “entreguem novamente o Hospital de Serpa ao ministério de Manuel Pizarro.
A situação de salários em atraso na Santa Casa da Misericórdia de Serpa tem sido recorrente, segundo o SEP.