CAP – Perto de 100 agricultores de Moura juntam-se hoje ao protesto em Beja

O parque de estacionamento da Ovibeja, vai ser o ponto de encontro para a manifestação de hoje, 09, da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) às 10h00, onde o concelho de Moura vai chamar a atenção com cerca de 100 agricultores e perto de 26 tratores.

Os manifestantes do concelho saem de Moura a partir das 07h00, em direcção a Selmes, seguindo depois para Beja. Por volta das 11h00, está previsto um desfile de dois quilómetros em direcção à mata do campo desportivo.

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As reivindicações da região são várias. O representante dos agricultores e presidente da Cooperativa Agrícola de Moura (CAMB), José Duarte, referiu à Planície que o que está em causa acima de tudo, é a “defesa da agricultura portuguesa. Necessitamos de um ministério forte, com peso político e que não esteja de costas voltadas para os agricultores, como actualmente está”.

O Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) do ano passado, é um dos problemas. “Numa altura em que estamos a executar um novo quadro comunitário, um novo PEPAC, em que ainda falta executar 1300 milhões de euros referentes ao Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), sendo que essa verba se não for executada ate 2025, é devolvida à União Europeia”.

Os problemas da região também vão ser “reivindicados” pela CAMB. “A questão da Rede Natura. Vamos exigir que haja compensações justas e adequadas por perda de rendimentos, com um pedido de flexibilização da Rede Natura, para que possamos, em alguns sítios, exercer uma agricultura mais rentável e produtiva”. Por outro lado, que haja também uma “compensação aos agricultores dessa perda de rendimento e de um serviço ambiental que estão a prestar a Portugal e à União Europeia”.

As reclamações e exigências da classe centram-se com igual importância, na construção do Bloco de Rega Moura/Póvoa/Amareleja. “Já tivemos dois ministros que assumiram o compromisso de construir o bloco. No entanto, apesar do Banco Europeu de Investimento ter as verbas disponibilizadas, a realidade é que o projecto ainda está na gaveta”. Os agricultores não querem mais promessas. “Tal como a ministra (Maria do Céu Antunes) disse na Assembleia da República quando assumiu o compromisso da obra na totalidade, queremos que honre a palavra e se faça justiça perante as gentes de Moura”, defendeu José Duarte.

O presidente da CAMB confirmou o número de participantes no protesto e aproveitou para fazer um apelo a “todos os agentes que têm a sua actividade ligada à agricultura, que se juntem a nós”. A luta de hoje é essencialmente para que se “olhe para a agricultura como um sector estratégico de sobrevivência nacional”.

Hoje partem de Moura cerca de 100 agricultores e perto de 26 tratores para o protesto da Confederação de Agricultores de Portugal, em Beja.

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