A Força Aérea realiza o exercício multinacional e multidisciplinar Real Thaw 2023 (RT23), a começar já hoje, dia 27 e a decorrer até ao dia 10 de Março, na Base Aérea N.º 11, em Beja.
A edição deste ano conta com a participação de forças militares de Portugal, Alemanha, Bélgica, Espanha, Dinamarca, Estados Unidos, Países Baixos, Polónia, forças da NATO e, ainda, forças da Marinha e do Exército.
Em entrevista à Planície, o Coronel Manuel Costa, porta-voz da Força Aérea, esclareceu a importância deste treino, “não só para a Base Aérea N.º 11, mas para todos os participantes. É um exercício multinacional e multidisciplinar, onde estão envolvidas Forças Aéreas, Forças Terrestres portuguesas, belgas, espanholas, dos Estados Unidos e da NATO. O Exército Português e a Marinha Portuguesa, também participa com forças terrestres”.
O RT23 permite avaliar e certificar as capacidades operacionais da Força Aérea, Marinha, Exército, e dos países participantes, preparando-os para actuar em operações conjuntas e combinadas potenciando a interoperabilidade entre todos, nomeadamente para garantir a preparação das Forças Nacionais Destacadas ao serviço da ONU e da NATO.
Este exercício oferece aos participantes uma oportunidade única de planear e executar missões, com o objectivo de integrar e sincronizar diferentes domínios e ainda de “estabelecer e conhecer procedimentos que as outras Nações usam”, clarificou o Chefe das Relações Públicas.
Manuel Costa adiantou ainda que este é um exercício “anual e que nos últimos cinco anos tem decorrido em Beja”, sobretudo pelas “condições que a Base Aérea N.º 11 apresenta e que são muito importantes para este tipo de exercício”.
Essas capacidades distintas têm a ver com “infraestruturas aeronáuticas e com tudo o que envolve a pista” e com as comunicações via rádio, que “estão ao nível daquilo que as melhores Forças Aéreas têm”.
Além destes pressupostos, a realização do exercício na base da capital do Baixo Alentejo, teve em linha de conta o facto de haver um “espaço aéreo amplo, a questão do clima e o terreno”, clarificou o Coronel Manuel Costa.
As missões do RT23 vão ter lugar em locais específicos tendo sido planeadas de modo a terem o mínimo impacto no meio ambiente e na população, um “aspecto fundamental”, relacionado com a “segurança dos participantes e das pessoas que vivem no espaço onde o exercício vai decorrer. Beja apresenta as condições adequadas para que um exercício deste género se possa desenvolver em segurança”, assegurou o porta-voz da Força Aérea Portuguesa.
Um exercício multinacional e multidisciplinar, com vários países e organizações, realiza-se a partir de hoje, 27, até 10 de Março, na Base Aérea N.º 11, em Beja.