O enfermeiro Nuno Jordão, de 37 anos, nascido em Moura, mas a viver em Faro, regressou recentemente da Ucrânia, onde esteve um mês em missão humanitária onde auxiliou militares e civis.
Sente-se ainda “muito atordoado. Uma coisa é aquilo que prevemos que vamos encontrar e outra é o que encontramos no terreno. Penso que o grande choque no regresso é essa diferença. Saber que estou de volta a um outro mundo, que nada tem a ver com aquele onde participei. Deixa-me muito frustrado saber que estão a acontecer coisas trágicas muito perto de nós e nós aqui levamos uma vida normal”.
Esta sua vontade de ajudar quem mais precisa, em cenários de guerra, trágicos e que ultrapassa quase sempre o entendimento humano, “é um apelo” que sente desde pequeno. “Lembro-me de ver nas notícias as missões médicas e tudo isso deixou-me sentimentos de idealização e de um dia poder participar nestas missões. Foi um processo gradual, nada forçado”, contou.
Já em 2009 participou num Programa de Voluntariado Internacional, através da AMI no Senegal. Passou também por Moçambique, Colômbia e Grécia.
A história de um alentejano que define Moura como a sua “terra do coração”, que dedica a vida em prol dos outros, com um percurso de coragem e resiliência, que a Planície foi conhecer.
A entrevista pode ser ouvida hoje às 12h00 e às 18h00 e também no site planicie.pt