A Planície entrevistou o director de Marketing da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, Vinhos do Alentejo, Tiago Caravana, que revelou a importância de 2022 para a região. O ano passado foi “histórico”, onde foram “batidos todos os recordes de exportação. Falamos de 73,2 milhões de euros para o Alentejo”.
No mercado nacional, as vendas correspondem a “70%”, com uma “liderança destacada”, conforme adiantou. Nesta realidade, não tem mais por onde expandir, por isso a solução passa por “aumentar a exportação”, sendo o Alentejo uma das poucas regiões que cresceu em 2022. “11,5% em volume e 3,5% em valor”, afirmou Tiago Caravana.
Com uma forte presença lá fora, os Vinhos do Alentejo são exportados para cerca de 100 países. O director de Marketing realçou os cinco principais, com o Brasil no comando, seguido da Suíça, dos Estados Unidos da América, da Polónia e de Angola. Neste país africano, o “crescimento foi enorme com 63% em volume e 62% em valor”, realçou o responsável.
Por cá, a conjuntura económica não afectou as exportações, mas sentiu-se no aumento dos custos de produção do vinho, “uma subida entre 30% a 40% de tudo o que é material”, informou o departamento de Marketing da CVRA. A boa notícia é que a crise e a guerra da Ucrânia não tiveram esse impacto fora de portas, até porque “os vinhos portugueses para nós têm um preço mais baixo, mas lá fora a relação preço/qualidade é muito boa, o que pode ser um ponto a favor na exportação”.
Com os números de referência alcançados, 2023 significa um ano de “muita vontade e trabalho para estarmos melhor em mercados com mais potencial, vender com valorização de preço médio e aumentar mais o valor das vendas do que o volume”, concluiu Tiago Caravana.
Os Vinhos do Alentejo tiveram em 2022 um ano de “recordes históricos” na exportação, onde Angola foi um dos principais mercados de vendas.